Esta é Ana Cândida, que antes de tudo, é dotada de talentos que vão desde da fotografia á escrita.
Vamos conhecer a história de vida dela, contada pela por ela mesmo. Só posso dizer que a história conta sobre uma garota diagnosticada com Síndrome de Asperger (grau do Espectro do Autismo), formada em psicologia e que realiza verdadeiras obras de arte com suas fotografias.Confira alguns exemplos:
Cada arte fotografada é criação de Ana Cândida e cada uma, expressa o seu EU.
"Eu não consigo me ver sem expressar o que penso através da fotografia e da escrita. Se tornou parte de mim."
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O diagnóstico
Meu nome é Ana Cândida Nunes Carvalho. Há alguns anos fui diagnosticada com a Síndrome de Aspeger. Posso dizer que se trata da forma mais branda dentro dos Transtornos do Espectro do Autismo. Neste sentido, criei uma página no Facebook (mulheraspie) que fala do meu cotidiano, tentando dirimir possíveis dúvidas sobre o comportamento de uma mulher com a SA, ou, ainda, propagar informações sobre autismo, de forma didática e leve.
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O desejo
Acredito que se eu tivesse oportunidade de trabalhar com fotografia ou como escritora eu teria bem menos sintomas diários de ansiedade, como automutilação, sudorese excessiva, boca seca, taquicardia, e uma sensação de que eu vou explodir a qualquer momento.
No entanto, para me manter financeiramente, eu tive que enveredar para outro lado. Daí eu vou contar um pouco da minha trajetória laboral.
Eu sou formada em Psicologia, e comecei a trabalhar logo depois de formada, na minha área de formação. Mas foi uma experiência bem angustiante! Eu tive muitas dificuldades, porque eu trabalhava na área social e precisava interagir demasiadamente: fazer visitas aos usuários dos benefícios assistenciais, palestras (mas eu não conseguia organizar minhas ideias), acompanhamento de grupos comunitários, etc. Acabei “surtando” várias vezes e tive muitas crises depressivas. Hoje em dia, estudando sobre autismo, descobri que o nome que se dá a tais explosões chama-se “meltdown”. Passei a frequentar inúmeros consultórios psiquiátricos para lidar melhor com as crises de ansiedade, até ser diagnosticada como aspie, já com trinta anos.
🌻Posso dizer que o diagnóstico foi uma libertação. Passei a me perdoar pelos comportamentos que eu mesma considerava inaceitáveis, como as estereotipias e as repetições, e a me entender melhor. Hoje, trabalho na Associação de Amigos dos Autistas do Piauí, e recebo auxílio e compreensão dos meus colegas de trabalho para lidar com as demandas diárias. Sou também acompanhada por psiquiatra e psicóloga, além de tomar medicações para minimizar as comorbidades próprias do diagnóstico tardio: como depressão e ansiedade.
Quaisquer dúvidas em relação à minha trajetória, podem entrar em contato comigo através do email:anacncarvalhopi@gmail.com, ou através do direct da página do facebook, citada acima.